06 October 2006

Novamente, a qualidade do ensino

O FMI e o Banco Mundial produziram um estudo comparativo sobre a educação entre países emergentes. O Brasil teve a pior avaliação. Constataram algo que sabemos muito bem: a educação básica é tão deficiente que a maioria dos estudantes não tem a formação mínima para operar equipamentos com leitura digital ou equipamentos informatizados que necessitem de um conhecimento mínimo de matemática. Esse foi o assunto de um editorial do Estadão de hoje. Para garantir que a situação permaneça assim, o ministério da educação publicou uma portaria que praticamente acaba com os cursos normais de nível superior. Ao invés de prepararmos melhor nossos professores do ensino fundamental damos um passo para trás. Os comentários de Eunice Durham sobre a portaria podem ser lidos aqui. É provável que essa portaria seja revogada mas é uma pena ter que reconhecer que tem gente lutando contra a qualidade do ensino, e o pior, gente dentro da própria escola!

1 comment:

Kynismós! said...

Toda vez que leio algo sobre qualidade do ensino é como se levasse uma martelada no polegar ou um soco no estômago... estou inserido neste sistema (professor do ensino básico público estadual e mestrando no ensino público federal) e não vejo nem de longe uma saída para esse caos. E não é só o ensino público básico que vai mal, o ensino particular não fica muito atrás não.
Até o ensino público federal está cada dia pior, como disse o saudoso Mário Schenberg no seu "Pensando a Física": "não se fazem mais teses de doutorado como antigamente, antigamente uma tese de doutorado era uma coisa séria". As poucas (raríssimas) ilhas que realmente ainda possuem alguma excelência não mexem um dedo de forma efetiva para que essa situação mude. Arrego!